quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sociedade Pós-Moderna por Zygmunt Bauman



Cerca de 30 minutos serão muito bem investidos por aqueles que desejam compreender as raízes, estruturas e direções que compreendem a presente geração pós-moderna. Algumas ressalvas, no entanto, podem ser adicionadas quanto algumas teorias de Bauman especialmente à luz da Palavra de Deus.

Abaixo me proponho a fazer breve análise sob a perspectiva bíblica em relação às suas idéias sobre felicidade:

A luz da Bíblia não podemos ter tanta certeza que a satisfação da vida se limite simplesmente à questões de segurança e liberdade, mas felizmente encontramos em e através de Cristo o perfeito equilíbrio entre estes dois elementos. 

Também a relação caráter-destino na busca por esse "equilíbrio" é interessante e realmente participativa em nossa satisfação. Mas até aonde vai nosso poder autonomo para formar ou mudar nosso caráter? E até que ponto vai o poder da influência das oportunidades (circunstâncias) sobre nossas respostas (decisões)? Ou ainda, à luz de que critério estaremos aptos a conhecer o caráter ideal ou as respostas ideais que devemos tomar? 

A Bíblia reconhece a responsabilidade de nosso caráter e o poder de influência das circunstâncias que excedem nosso controle mas ela também revela o caminho do poder de aperfeiçoamento de nosso caráter e as maneiras de interpretarmos corretamente as circunstâncias para bem responde-las apesar de suas influências. A grande surpresa é que ao invés de rejeitar a oportunidade de seguir um homem em seus caminhos à luz de seu ensino (como Baumam sugere em relação à Sócrates) a Bíblia aponta Cristo para ser seguido em seus caminhos E ensino como o grande critério e caminho para (e em si sendo) a própria felicidade.

Satisfeito Pela Verdade - por David Romer.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O Longo Silêncio

    No fim dos tempos, bilhões de pessoas estavam espalhadas numa grande planície perante o trono de Deus.

    A maioria fugia da luz brilhante que se lhes apresentava pela frente. Mas alguns grupos falavam animadamente - não com vergonha abjeta, mas com beligerância.

    "Pode Deus julgar-nos? Como pode ele saber acerca do sofrimento?" perguntou uma impertinente jovem de cabelos negros. Ela rasgou a manga da blusa e mostrou um número que lhe fora tatuado num acampamento de concentração nazista. "Nós enfrentamos terror... espancamentos... tortura... morte!"

    Em outro grupo um rapaz negro abaixou o colarinho "E que quer dizer isto?" exigiu ele, mostrando uma horrível queimadura de corda. "Linchado... pelo único crime de ser preto!"

    Em outra multidão, uma colegial grávida, de olhos mal-criados. "Por que devo sofrer?", murmurou ela, não foi culpa minha."

    Por toda a planície havia centenas de grupos como esses. Cada um deles tinha uma reclamação contra Deus por causa do mal e do sofrimento que ele havia permitido no seu mundo. Quão feliz era Deus por viver no céu onde tudo era doçura e luz, onde não havia choro nem medo, nem fome em ódio. O que sabia Deus acerca de tudo o que o homem fora forçado a suportar neste mundo? Pois Deus leva uma vida muito protegida, diziam.

    De modo que cada um desses grupos enviou o seu líder, escolhido por ter sido o que mais sofreu. Um judeu, um negro, uma pessoa de Hiroshima, um artrítico horrivelmente deformado, uma criança talidomídica. No centro da planície tomaram conselho uns com os outros. Finalmente estavam prontos para apresentar o seu caso.

    Antes que pudesse qualificar-se para ser juiz deles, Deus deve suportar o que suportaram. A decisão deles foi que Deus devia ser sentenciado a viver na terra - como homem!

    "Que ele nasça judeu. Que haja dúvida acerca da legitimidade de seu nascimento. Dê-se-lhe um trabalho tão difícil que, ao tentar realiza-lo, até mesmo a sua família pensará que ele está louco. Que ele seja traído por seus amigos mais íntimos. Que ele enfrente acusações falsas, seja julgado por um júri preconceituoso, e condenado por um juiz covarde. Que ele seja torturado."

    "Finalmente, que ele conheça o terrível sentimento de estar sozinho. Então que ele morra. Que ele morra de tal forma que não haja dúvida de que morreu. Que haja uma grande multidão de testemunhas que o comprove."

    E quando o último acabou de pronunciar a sentença houve um longo silêncio. Ninguém proferiu palavras. Ninguém se moveu. Pois, de súbito, todos sabiam que Deus já havia cumprido a sua sentença.
Texto original da peça O Longo Silêncio - Extraído do livro A Cruz de Cristo  de John Stott.


Deus e o Problema do Sofrimento: 
"A cruz de Cristo é a única auto-justificação de Deus em um mundo como o nosso" - P.T. Forsyth