segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A Bíblia e o Feijão 04: Quando Cristo Entra em Cena

Infelizmente nosso Estudo 04 de "A Bíblia e o Feijão", apesar de ter sido transmitido ao vivo na última segunda feira, não foi gravado. Assim, dispomos no final desta postagem a íntegra do estudo 04: Quando Cristo entra em cena - circunstâncias e acontecimentos da primeira aparição pública do Rei Servidor.


Na próxima segunda-feira (estudo 05) trataremos do tema: Do "céu ao inferno" pela salvação dos homens - circunstâncias invertidas para que o propósito permaneça - da maior declaração de amor do Pai às maiores adversidades físicas e espirituais. Acompanhe ao vivo! Segundas - Paris: 20h15 (Brasil: 15h15min).





A Bíblia e o Feijão
"A Bíblia e o Feijão" é uma reunião simples de estudos Bíblicos que acontece em minha casa, em Paris. Como ainda não domino a língua o suficiente para conduzir estudos em francês, temos nos limitado a reunir apenas os amigos brasileiros para estas reuniões. E como todo bom brasileiro longe de sua nação sente muita falta de um delicioso feijão, descobrimos uma combinação perfeita para embalar nossas reuniões: a satisfação da verdade somada ao prazer de um "feijão amigo".


ANEXO: Segue abaixo a íntegra do estudo anterior:

A Bíblia e o Feijão 04: Quando Cristo entra em cena.
Circunstâncias e acontecimentos da primeira aparição pública do Rei Servidor. 
Est. 04 de "Jesus: O nome MAIS famoso; a pessoa MENOS conhecida"


Texto: Mc.1:7-11.

Introdução:
a. Transição da preparação do caminho (profecias do A.T., vida, mensagem e ministério de João Batista) à chegada do Rei (a primeira aparição pública de Jesus).
b. A subversiva entrada triunfal: Das altas, porém equivocadas, expectativas para a forma como chegaria o Rei do Universo, para a realidade da chegada humilde e submissa do Rei Servidor (submissão ao Batismo).
c. As circunstâncias relativas à sua primeira aparição: 
i. A declaração de Jõao; 
ii. A postura de Cristo; 
iii. A manifestação de Deus Espírito Santo;
iv. A reação de Deus Pai
Parte I: O Engrandecimento da Parte dos Homens

1) A declaração de João (v.7,8):
Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas. Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.

a. João Batista é apontado como o maior dentre os nascido de mulher;
b. Sua principal missão era preparar o caminho para a chegada do Rei Filho de Deus através da...
c. Confirmação da divindade do homem Cristo, Anunciando sua grandeza sobre as bases...
          i. da AUTORIDADE do Rei: Sua vida e ministério anunciavam a necessidade de tornar-se digno diante do Rei. Sua autoridade demanda que as tudo se apresente em acordo e agrado com o caráter do Rei.
          ii. do SERVIÇO do Rei: O batismo e os protestos de João, no entanto, não anunciavam apenas a necessidade que seus ouvintes tinham de readaptarem-se à pureza da dignidade que o caráter e autoridade do Rei exigem. Eles também ao mesmo tempo apontavam para o fato de que era-lhes impossível atingir este objetivo - arrependimento, lamento, remissão de pecados marcavam o momento - e que o mesmo Rei que exigia pureza seria o único capaz de servir a seu povo afim de purifica-lo.
d. Nestes versos João atinge o auge de sua missão, procurando, com esta sublime declaração, confirmar da forma
mais elevada:
          i. A AUTORIDADE do Rei: No v.7 João exalta a autoridade de Cristo julgando-se indigno de exercer o serviço do escravo mais humilde. João tinha consciência do prestígio que tinha ganho das multidões que o seguiam e faz uso apropriado do recurso de comparação pessoal justamente para exaltar ainda mais a autoridade de Cristo.
          ii. O SERVIÇO do Rei: No v.8 João exalta o serviço de Cristo apontando o caráter profético, limitado e incompleto de sua obra em relação àquela essencial, perfeita e plena que Cristo viria completar. O batismo na água representa, aponta a necessidade, sugere a regeneração. O batismo de Cristo é eficaz, lava satisfaz a necessidade, consuma a regeneração.


                Conclusão de (1): A declaração de João Batista nos serve de referência e modelo para avaliarmos as reações humanas inevitáveis de todo encontro autêntico com Cristo: a. Reverência e adoração diante do reconhecimento de sua sublimidade e autoridade; b. Lamento e arrependimento diante do reconhecimento de nossa culpabilidade e necessidade; c. Gratidão e adoração diante do reconhecimento de sua infinita bondade e amor.

Parte II: O Engrandecimento da Parte de Deus
2) A Postura de Cristo (v.9):

E aconteceu naqueles dias que Jesus, tendo ido de Nazaré da Galiléia, foi batizado por João, no Jordão

- Jesus é engrandecido por sua própria postura. A despeito das expectativas alheias a entrada do Rei Servidor é marcada por:
a. Discrição: Até aqui ainda não nos é referida uma palavra sequer da parte de Cristo. A autoridade do Rei Servidor desde sua primeira aparição pública será reconhecida e conquistada pelo amor que se expressa através do serviço. A esperada expressão de poder do Leão de Judá será precedida pela demonstração da autoridade serena do cordeiro de Deus.
b. Humildade e Amor: Ao se submeter ao batismo, Jesus: a. se submete em parte à autoridade de João e ao mesmo tempo confirma o ministério deste; b. voluntariamente assume sobre si a responsabilidade da culpa dos pecados de toda a humanidade que nele vir a crer - por não ter pecado Jesus não necessita de batismo, como segundo Adão, porém, por amor Jesus voluntariamente passa a representar a humanidade pecadora assumindo definitivamente no tempo e no espaço o compromisso de levar sua obra salvadora até o fim.

Conclusão de (2): Diferente das expectativas viciadas por um pensamento mundano, Jesus não manifesta sua grandeza por uma expressão exibida de seu infinito poder e autoridade pelos padrões humanos. Desde já Jesus deixa claro o alvo principal e profundo de sua missão. Ele veio não para viver como rei, não para fazer conquistas militares, não simplesmente para curar, alimentar ou libertar os homens das angústias deste século. No batismo Jesus expressa publicamente que viera para ser homem de dores cujo objetivo integral de sua vida era morrer como substituto para salvação dos pecadores de sua miséria espiritual mais básica e profunda, da qual todas as outras misérias físicas e espirituais derivam. Ele veio para reconciliar homens pecadores com o Deus Santo, mortos espirituais com a Vida Eterna, ovelhas desgarradas com O Bom Pastor. Esse é o tratamento que devemos esperar e buscar de Cristo.



3) A Manifestação do Espírito Santo
E logo que saiu da água, viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba, descia sobre ele

a. A Sublime Reunião da Trindade: A importância deste momento é marcada pela manifestação no tempo e espaço das três pessoas da Santíssima Trindade. A descida do Espírito Santo aponta e engrandece a Cristo como o ungido de Deus.
b. Pureza de Cristo: Em forma de pomba (sugerindo singeleza, paz e pureza) o Espírito desce sobre Cristo eliminando publicamente qualquer dúvida à respeito de seu batismo. Ele era o ungido de Deus que, sem pecado, se submetia ao batismo não para lavar-se, mas para levar sobre si a iniqüidade de todos.
c. Necessidade Humana de Cristo: Assim como Cristo, no ato do Batismo, torna efetivo seu compromisso de assumir sobre si a responsabilidade de cumprir a obra da Salvação, o Espírito, neste mesmo evento, inaugura de forma efetiva sua participação nesta mesma obra ungindo a Cristo homem. Ou seja, enquanto homem, Cristo estava sujeito as mesmas fraquezas e tentações à semelhança de carne pecaminosa e o Espírito, portanto, derrama sobre Ele a porção de fortalecimento espiritual da qual como homem carecia para resistir a todas as tentações e levar a obra de salvação até o fim.

Conclusão de (3): O Espírito Santo engrandece a pessoa de Cristo apontando tanto a glória de seu caráter divino indicando sua pureza, singeleza e a paz que viera estabelecer; quanto a glória de seu serviço ao ter voluntariamente se submetido às circunstâncias necessárias para realizar esta salvação, a saber, ele esvaziou-se de sua glória e assumiu a carne humana com todas as suas limitações - O Espírito Santo confirma a realidade de sua natureza humana, bem como as profundas provações que teria de passar ao ungi-Lo, fortalecendo-O para seu cumprimento. O mesmo Espírito é quem nos revela e confirma ainda hoje estas sublimes verdades acerca de Cristo.


4) A Reação de Deus Pai
E ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo

a. A expressão do incontinente prazer de Deus: O momento é tão belo que o Pai não se contêm com a voluntariedade humilde do Filho em assumir oficialmente no tempo e no espaço o compromisso da salvação dos homens -  o início da morte de Cristo.
b. A profundidade da declaração: Não há experiência mais necessária e prazerosa no universo – a aprovação de Deus com amor distintivo – o amor com prazer! Ser aprovado por Deus gerar prazer no coração de Deus deveria e é a maior realização existencial, espiritual, individual que a humanidade pode alcançar. Esta experiência é comparar com o selo, batismo ou visitação do Espírito Santo.
c. Três pessoas uma só vontade: Assim como no batismo o Espírito continuou apontado a pureza das intenções, natureza e obra de Cristo, também o eterno e infinito amor de Deus pelo O FILHO, pelo O AMADO, não diminui com a idéia de o Filho decidir carregar sobre si os pecados da humanidade. 

Conclusão de 4: O engrandecimento da Parte de Deus. Através desta sublime declaração o próprio Deus trata de engrandecer seu Filho Amado: O Deus-Homem. Pela incontinência da expressão do amor e prazer de Deus Pai ao contemplar tamanha obra de salvação, deveríamos nos humilhar porque somos o alvo desta bondade e não demonstramos nela um prazer e gratidão a altura. Deveríamos ocupar nossas mentes com o conhecimento dos detalhes e repercussões que envolvem esta obra, nada poderá nos trazer maior prazer.

5) Conclusão do Estudo 4: Sempre que Cristo entra em cena é esperado que se tenha consciência de estarmos diante da pessoa mais sublime do universo: 
- Ele é engrandecido pelos maiores homens, isto é, aqueles que melhor compreenderam a miséria situação da humanidade sem Cristo e O identificaram como rei e salvador. 
- Ele é a maior referência e modelo mais perfeito de execução de governo e autoridade - conquista sua autoridade e reina através do amor doador e servidor que tem por seu povo.
- Ele é ainda mais plenamente engrandecido pela Trindade: Espírito Santo e Deus Pai se reúnem para expressar o amor, o prazer, a beleza,  a sabedoria, a pureza,  a autoridade e sublimidade de sua missão e caráter como Rei Servidor.
- Assim, sempre que Cristo entra em cena, deveríamos ter consciência de que estaremos diante do ser mais temível, visto sua Autoridade Suprema, mas que ao mesmo tempo nos Ama com amor mais puro. Ele é motivo do maior prazer do Pai e fonte de nossa mais plena felicidade: Não precisamos mais temer o justo juízo do ser mais Santo e Temível uma vez que nos unimos à obra de Cristo, que nos amou com amor incalculável.





Satisfeito Pela Verdade - por David Romer

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